Palavras que não fluem são águas represadas que afogam os escritores. Com muito esforço, eles voltam à superfície e tentam capturar uma letra aqui, outra ali, para fazer algum sentido, e os salvar. Mas eles nunca podem descansar, nunca estão completamente salvos. Uma vez capturadas, as palavras têm um impulso natural de fugir, sumir, submergir... e lá vai o escritor pular no abismo, perscrutar as estrelas, mergulhar no fundo do mar. E assim se vivem muitas vidas em uma só.
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